Amilcar de Castro e Hélio Oiticica, uma história

Os dois grandes artistas, que se aproximaram dentro do contexto do pensamento neoconcreto, têm uma vivência emblemática em comum, importante para os rumos de suas obras e tendo o carnaval como motivo. Perguntado, em uma entrevista ao jornal Folha de São Paulo quem havia levado o outro para a Estação Primeira de Mangueira, Amilcar nos conta:

“Foi assim: tinha um amigo meu que era diretor da Mangueira. Ele me procurou para dizer que a escola estava quebrada, sem dinheiro, e pediu para que eu ajudasse. O tema do desfile daquele ano era “Preto Velho”. Fiz três painéis enormes, baseados em desenhos do Debret. Eles ficavam em cima de um carro. E dentro do carro ia um anão, empurrando a tralha toda. Um negócio incrível: Carnaval é Carnaval. Pensei em pintar um dos painéis de verde. E pensei: esse verde, só chamando o Oiticica. Ele veio e pintou o verde. E ficou encantado com a Mangueira, virou passista da escola.“

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Espelho Labirinto
Jardim de Amilcar de Castro: Neoconcreto sob o céu de Brasília

terça a domingo: 9h às 19h

entrada gratuita

SCES, Trecho 2 – Brasília/DF